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Baixa estatura e crescimento

Baixa estatura

Desde a vida intrauterina o crescimento se inicia, e ocorre em diferentes velocidades nos diversos estágios da vida. Na infância a média de crescimento é de 4 a 6 cm ao ano. Essa velocidade volta a se acelerar na puberdade podendo atingir de 8 a 12 cm ao ano durante o chamado “estirão puberal”. Nas meninas o estirão puberal ocorre mais precocemente, e é o primeiro sinal de puberdade. Já nos meninos, o “estirão” demora mais a acontecer, iniciando em estágios mais tardios da puberdade.

O Hormônio do Crescimento, também denominado GH (Growth Hormone), é produzido pela hipófise, pequena glândula localizada na base do crânio. Ele age, dentre outras várias funções, estimulando as cartilagens de crescimento para que haja o crescimento dos ossos levando ao ganho de estatura.  Embora o ganho de altura seja o efeito mais conhecido do GH, esse hormônio também tem muitas outras funções metabólicas. O GH aumenta a retenção de cálcio e aumenta a mineralização dos ossos; aumenta a massa muscular; induz a síntese de proteínas e o crescimento de vários órgãos do corpo.

Fatores que influenciam

Apesar da importância do GH na estatura final de um indivíduo, esta é influenciada por uma série de outros fatores como: fatores genéticos familiares (estatura média da família), fatores ambientais (condições de nutrição, prática de esportes, sono adequado, estresse psicológico, doenças crônicas, uso de medicamentos) e até mesmo fatores relacionados à gestação e ao parto.

Ou seja, inúmeras variantes podem ser causadoras de baixa estatura e não apenas a falta do GH. A falta do GH está presente em somente 5% dos casos em que se confirma baixa estatura. Ainda, a baixa estatura para ser confirmada precisa de avaliação médica especializada, pois muitas vezes o que preocupa os pais em relação à estatura dos filhos é somente o que chamamos de “Retardo Constitucional do Crescimento e Desenvolvimento”, ou seja, a criança pode estar demorando um pouco mais que as outras para ter o ‘estirão puberal’ mas este ocorrerá, mesmo que mais tardiamente, e altura final da criança será adequada para os padrões sociais e familiares.

O que leva à deficiência de GH na infância?

Há várias causas: problemas genéticos, traumas durante o parto, radiação da região hipofisária por causa de tumores, traumas cranioencefálicos na infância. O que acontece se uma criança não tiver GH? A deficiência desse hormônio fará que a criança seja portadora de nanismo, com altura final entre 1,20 metros. A baixa estatura é o que mais chama atenção, mas certamente haverá outros comprometimentos sistêmicos pela deficiência de GH. A dosagem aleatória do GH não tem fundamento pois este hormônio tem secreção cíclica durante o dia (podemos flagrar um pico ou um nadir).

Como fazemos para saber se a criança tem deficiência de Hormônio do Crescimento?

Usamos a dosagem de outros hormônios que refletem a função do GH no organismo (como o IGF1 por exemplo) e lançamos mão de teste métodos para avaliar se há deficiência de GH. Se a deficiência de GH for confirmada, aí sim a criança se beneficiará com a reposição desse hormônio, que muitas vezes é cara e não isenta de efeitos colaterais, por isso precisa ser muito bem indicada.

Há indicação de reposição do GH em quem não tem deficiência de GH?

Em crianças que não tem deficiência de GH, como às que denominamos com baixa estatura constitucional, a reposição de GH pode levar a um pequeno ganho na estatura final. No entanto, o uso do GH nesses casos continua controverso pois os pequenos ganhos em estatura não compensariam os custos financeiros e os efeitos colaterais. A reposição de GH em quem não tem deficiência desse hormônio além de ter alto custo pode levar às complicações consequentes do excesso desse hormônio no organismo.

Existe alguma maneira de melhorar o crescimento dos filhos?

Ter uma vida saudável, com prática de atividade física, alimentação diversificada e rica em frutas e verduras, horas de sono em quantidade adequada e de qualidade, e ambiente psicossocial saudável são as melhores maneiras de estimular uma criança a atingir seu maior potencial de estatura.

Para mais informações assita o vídeo abaixo:

IGF1: Insulin Growth Factor 1 – Fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 ou somatomedina C

Marcações:

7 comentários em “Baixa estatura e crescimento”

  1. Olá, sou pai de um garoto. Ele está atualmente com 11 anos.
    Eu tenho algumas dúvidas com relação ao seu crescimento.
    Tenho 1,68 mais o meu mais velho chega a 1,76. Mas ele percebo que não tem tido um bom crescimento.
    Ele joga basquete no Botafogo, por isso me pego comparando a sua altura com os colegas.
    Pedi para fazer o teste da mão, mas não sei se é eficiente ou se a algo que pode ser feito.
    Me chamo João e o nome dele é Nicolas.
    Meu contato 21965684503
    Forte abraço

    1. Olá. Em geral, a altura das crianças seguem a herança genética, dos pais, mas também podem herdar de avós, e mesmo entre os pais tender a “puxar” para a genética da mãe ou do pai. Por isso, entre irmãos de mesmos pais pode haver significativa diferença de estatura. No entanto, para saber se seu filho está crescendo adequadamente seria necessária uma avaliação e acompanhamento. Espero ter ajudado.

  2. Boa tarde
    Tenho um filho de16 anos, com 1,63. Tem tireóide. Já fez aquele teste do fechamento dos ossos. Deu que não iria mais crescer. Existe algum tratamento para que ele cresça um pouco mais?Sou de Blumenau. Me disseram que em Curitiba fazem esse tratamento. Por favor me indiquem

  3. Olá. Infelizmente, após o fechamento das epífises ósseas (cartilagens de crescimento) qualquer tratamento será associado à um risco muito alto ao paciente e possivelmente experimental. Independentemente da altura que ele tenha, seu valor e potencial não têm limites definidos por isso, e sim por vários outros aspectos positivos de sua vida.

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