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Posso ingerir bebida alcoólica durante a amamentação?

*Por Dra. Lorena Lima Amato

Festas de final de ano chegando e as mamães em aleitamento materno se veem frente a uma infinita variedade de bebidas, muitas vezes não experimentadas durante o ano inteiro. Celebração, ceia, drinks… como o álcool pode interferir na amamentação? Mamães amamentando podem ingerir bebida alcoólica?

As principais recomendações afirmam que o consumo de bebidas alcoólicas é considerado compatível com a amamentação, mas isso não significa que seja recomendado.

A mãe pode, sim, tomar um drink eventualmente, desde que com alguns cuidados. Idealmente, o bebê não deve estar em aleitamento materno exclusivo, ou seja, deve ter outras fontes alimentares além do leite materno, o que, em geral, acontece após os seis meses de vida.

Além disso, o nível de álcool que chega até o leite está relacionado à quantidade ingerida, quanto menor a quantidade, mais rápido “sairá” do organismo. Também devemos estar atentos ao horário da próxima mamada: uma mulher de aproximadamente 60 kg leva de duas a três horas para metabolizar uma porção de álcool (um copo de cerveja ou uma taça de vinho, por exemplo). Por isso, a recomendação é de que a mãe aguarde, no mínimo, duas horas após a ingesta de álcool para oferecer o peito novamente ao bebê.

Bebidas destiladas demoram ainda mais para serem eliminadas; por outro lado, se o álcool é consumido junto com comida, a absorção é mais baixa, passando menos pelo leite. É sempre importante também lembrar que o álcool diminui a produção de leite.

Portanto, para as mamães que amamentam, mas não querem renunciar a um drink nas festas de final de ano, atenção às recomendações:

  • Prefira fermentados, ingira pouca quantidade e de preferência com alimentos
  • Beba muita água e aguarde pelo menos 3 horas para amamentar seu bebê novamente.

Além de tudo isso, existem fitas que medem a quantidade de álcool no leite, contraindicando o aleitamento caso esses níveis estejam altos. A informação é a maior arma a favor das mulheres que querem amamentar, com isso o seu momento de celebração se torna mais seguro e prazeroso.

*Lorena Lima Amato é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

 

 

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