LIPEDEMA E GLÚTEN
Lipedema é uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura nas pernas, às vezes resultando em desconforto e inchaço ao ficar de pé. A origem do lipedema não é clara, mas tem sido associada à inflamação. Muitas vezes os médicos negligenciam a condição durante os exames iniciais, diagnosticando-a erroneamente como obesidade, lipodistrofia ginóide ou linfedema. O lipedema é mais prevalente em mulheres, e exames de imagem, como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada, podem fornecer um diagnóstico adequado. Vários gatilhos inflamatórios, incluindo o consumo de alimentos, desencadeiam sintomas inflamatórios cíclicos que caracterizam o lipedema.
Dieta e Inflamação no Lipedema: O Papel Crucial da Nutrição e os Benefícios das Dietas Mediterrânea e Cetogênica
É importante notar que o ganho de peso agrava o lipedema. Então, é interessante observar que certos alimentos, além de contribuírem para a obesidade, também aumentam a inflamação e acabam prejudicando o lipedema. A nutrição tem um lugar importante no tratamento do lipedema. Alguns estudos mostraram que a dieta Mediterrânea e a dieta cetogênica poderiam aliviar a inflamação presente no lipedema e melhorar os sintomas e qualidade de vida das pacientes.
Algumas pesquisas sugerem que pode haver uma correlação entre o glúten e o aumento de condições autoimunes e inflamatórias não celíacas. O consumo de glúten pode aumentar a permeabilidade intestinal, fazendo com que os lipopolissacarídeos bacterianos e outras estruturas proteicas provenientes da dieta passem pelas chamadas tight junctions intestinais e vão para a corrente sanguínea sem serem digeridos.
O sistema imunológico reage contra eles, causando uma reação imune/inflamatória. O aumento simultâneo do consumo de glúten e o diagnóstico de doenças inflamatórias como o lipedema levaram a um olhar mais atento da relação entre o glúten e o lipedema, um tipo de distúrbio inflamatório. Existem indícios sugerindo que as pacientes com lipedema possam ter uma maior prevalência de alguns genes relacionados à doença celíaca. No entanto, isso ainda é apenas uma hipótese.
Em suma, estudos posteriores, seria pertinente avaliar se a melhora sintomática com a retirada do glúten da dieta de pacientes com lipedema é exclusiva de pacientes com positividade para esses genes. Enquanto isso, a sugestão de dieta sem glúten para pacientes com lipedema tem se mostrado uma excelente abordagem para melhora dos sintomas.