*Por Dra. Lorena Lima Amato
O chocolate é contraindicado para os casos de doenças como diabetes e obesidade? É melhor optar pelo chocolate amargo? Será que ele é menos calórico?
Abaixo conto o que é mito e verdade para deixar a consciência e o peso mais leves:
Pessoa com diabetes não pode comer chocolate.
MITO! Claro que pode, inclusive, não só as formas diets. Se a dieta está equilibrada, pratica atividade física, está usando as medicações corretamente e está com o diabetes controlado não tem motivo para restringir o consumo, mas sem exageros.
Comer chocolate todos os dias causa diabetes.
MITO! O que causa diabetes, além da predisposição genética, é o excesso de peso. Então, se o consumo de chocolate leva a pessoa ao excesso de peso, provavelmente pode ser que essa pessoa acabe tendo diabetes. Mas se o consumo é feito em pequenas porções diariamente, mas aliado a isso é feita atividade física todos os dias, mantém uma boa alimentação, equilibrada e de qualidade nutricional e o peso adequado, dificilmente a pessoa terá diabetes. No entanto, é sempre bom conversar com o endocrinologista para avaliar o controle do diabetes e da obesidade.
Chocolate engorda.
VERDADE! É um alimento muito calórico e pode sim contribuir para o ganho de peso.
O chocolate amargo é mais saudável e não engorda.
VERDADE e MITO! O chocolate amargo tem mais substâncias que podem trazer benefícios à saúde, além de promover maior saciedade em relação à vontade de consumir doce. No entanto, muitas vezes é até mais calórico do que o chocolate não amargo. Sendo assim, não está liberado para comer à vontade.
Pessoas com obesidade não podem comer chocolate.
MITO! Podem, sim, desde que estejam dentro do peso estipulado pelo médico endocrinologista, pratiquem atividade física e estejam com a dieta equilibrada.
Existe uma recomendação para a ingestão do chocolate.
MITO! Não existe essa recomendação formal, mas o indicado é consumir em pequenas quantidades para não provocar ganhos de peso e alteração no colesterol.
*Lorena Lima Amato é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)